sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Vôlei brasileiro poderia ser melhor


Faz um ano que comecei a frequentar os jogos do time de vôlei masculino de Campinas o Medley/Campinas, e assim acompanhar de perto o vôlei brasileiro, mais recentemente com a criação da equipe feminina, o Vôlei Amil, também passei a ir nos jogos e perguntar qual a realidade do vôlei brasileiro, ao menos de sua principal competição, a superliga.
É inegável o alto nível que se encontra as seleções nacionais, com inúmeros títulos conquistados nos últimos anos, incluindo o ouro feminino e a prata masculina na ultima olimpíada, assim como as boas seleções de base que o país possui, também é inegável os excelentes jogadores incluindo estrangeiros e brasileiros que retornaram do exterior (ainda que o bom momento da economia brasileira e a crise europeia influenciam nisso), mas a estrutura do vôlei brasileiro é a melhor que poderíamos ter?
Pra começar praticamente não há clubes de vôlei, há times formados por duas ou três temporadas, onde um patrocinador investe dinheiro, forma a equipe e depois vai embora, mas esse deve ser um sistema que agrada a confederação de vôlei, não há questionamentos, não força política que clubes poderiam fazer, o dinheiro pago pela TV vai todo para a confederação. TV que manda no campeonato, seja nos dias e horários das partidas, forma de disputa, ate o absurdo, de por regulamento, os treinadores não poderem negar o microfone nos pedidos de tempo, aqui vale um parêntese, pra mim a exigência de se ouvir o pedido de tempo é um comodismo de quem faz a transmissão, é mais fácil pro comentarista e pra toda equipe, na NBA, por exemplo, durante os tempos a transmissão é enriquecida com estatísticas e analises aqui muitos comentaristas ficariam perdidos sem ouvir os treinadores. Não sou hipócrita de achar que uma empresa investe no vôlei apenas pelo bem do esporte, por que o presidente da empresa é fã da modalidade, claro que é um negocio no mínimo rentável, mas outro absurdo é os patrocinadores não serem divulgados na transmissão, seja falado ou escrito no placar.
Sobre a superlia em si, também questiono seu formato, 12 times no masculino e 10 no feminino é pouco para o formato que é disputada, são poucos jogos, não precisamos chegar as 82 de uma NBA e NHL, mas apenas turno é returno é muito simplista, apenas 4 meses de competição pra quem não se classifica e 5 pra quem chega nos playoffs, poderiam ser uns 30 jogos na 1ª fase, maior tempo de competição, e mais exposição pros times, mas claro que pra isso necessitaria maior equilíbrio, na temporada passado por exemplo, com 2 rodadas de antecedência já estava tudo definido. Na atual temporada a superliga masculina ate mostra um equilíbrio, mas na feminina onde de 10 equipes 8 se classificam, já podemos falar agora os 4 semifinalistas e mesmo com achegada da Amil é bem provável que a final seja novamente entre Sollys e Unilever.
No masculino houve a criação da superliga B, uma segunda divisão, extremamente precipitado, na ultima temporada teríamos o ultimo colocado da superliga rebaixado e o campeão da superliga B subindo, mas no fim campeão e vice subiram, pois o time de Montes Claros desistiu do vôlei, e como já era esperado, o ultimo colocado Londrina, não vai disputar a superliga B esse ano, também desistiu do vôlei, como não são clubes não é igual no futebol onde um time cai e na temporada seguinte vai ta la, o vôlei depende de investimento de empresas, mas obviamente não é bom pra um empresa colocar dinheiro em uma equipe rebaixada é mais fácil sair da modalidade.
Enfim, o vôlei brasileiro é muito bom, a superliga é uma competição legal de se acompanhar, mas se fosse tratada com mais carinho poderia ser muito melhor. 

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